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quem somos

na ôco atendemos sempre os telemóveis a qualquer hora do dia. Nunca sabemos quando o cliente tem coisas importantes para nos dizer. ​​

na ôco nunca desistimos de um trabalho. Mesmo que nos dê muito trabalho…

na ôco um bom projeto realiza-se apenas na boa obra. Por isso a nossa responsabilidade termina mesmo no fim.

na ôco a arquitetura faz-se exclusivamente com arquitetos.

na ôco interpretamos muito bem os sonhos… Freud nunca sonhou connosco.

na ôco já trabalhámos para multinacionais ou para gente anónima. Já projetámos um colégio de mais de 15.000m2 e um jazigo com menos de 15m2.

na ôco nunca recusámos um trabalho. Mas poderemos fazê-lo se não respeitar os nossos princípios deontológicos profissionais, se houver aspetos de pedido não comportáveis por razões técnicas regulamentares, construtivas, financeiras, ou outras ou estiverem em causa garantias mínimas de qualidade.

na ôco somos otimistas. Nunca apresentamos um problema sem indicar uma solução.

na ôco cerca de 75% dos clientes já nos entregaram novas encomendas porque gostaram de como foram tratados.

o que pensamos

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percurso

Os viajantes admiram o percurso. Aquilo que liga às coisas, que se interpõe, que fica no meio. Não se detêm nas chegadas e nas partidas. Admiram o tempo que as coisas demoram a ser, a conhecer e a gostar mesmo que isso pareça «nada».Como o silêncio que faz o compasso da música, como a sombra que desenha a luz, como o risco preto que rouba ao branco, também o vazio revela o cheio e lhe confere um valor íntegro e precioso. Entre duas coisas há sempre uma linha ténue, que divide o bom do mau, o nascente e o poente, a poesia e a pedra. As linhas são as fronteiras que as coisas têm. Para que não se misturem umas nas outras. Para que as possamos chamar pelo nome e dizer que são belas. Aqui estão reunidas todos os projectos que melhor caracterizam a produção do atelier desde 2003, ano do começo da empresa. O critério é a diversidade no programa, na dimensão ou outra particularidade que valha a pena contar. Os «abrigos» são obras feitas ou a fazer numa perspectiva próxima, os «descampados» são projectos de gaveta. Alguns ainda esperam cliente e sítio. Todos estes merecem ser um dia «abrigo»… e hão-de ser. 

abrigo

Um abrigo é um linha fechada. Um papel branco que tem um branco dentro e um branco fora. O branco dentro é meu e chama-se OCO, o outro não sei.Quando era pequeno inventava uma história de seres invasores que habitam este bocado de papel. Estes seres crescem e devoram o branco furiosamente à medida que a minha caneta segue o instinto comilão da minha imaginação. As linhas enquanto procuram ideias às vezes amontoam-se e não dão em nada. Então deito fora as linhas e as ideias e começo de novo. Cada desenho tem mais certeza que o anterior. Menos linhas, Mais ideias. Já não deito fora. Passo por cima e aproveito pequenos acidentes, tento a sorte, às vezes funciona. São formas inteligentes e estáveis que habitam o branco. A ideia é forte, confiável e abrigada. As boas ideias dão sempre boas obras.

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OCO. JAIRSON HOUSE. photo by OCO (8).jpg

lugar

O Século XX mostrou-nos o lugar poético da ausência, dos quadrados pretos de Malevitch, das «Noites Brancas» de Rauchenberg, dos «4’ 33» de John Cage.  Mas e a vida? Chegará a arte a tocar-nos a alma por um segundo? Num mundo do hiperconsumo da imagem, sempre incompreendemos os vazios. Na vacuidade dos discursos dos curadores e dos académicos, a vida esboroa-se. O silêncio confinante perturba-nos e asfixia-nos. É urgente voltar às coisas simples e quotidianas e reencontrar o silêncio. Juntar o «nada» e a vida. É isso que comove realmente Boriska, o fabricante de sinos de Trakovsky, quando o grande objeto de bronze soa pela primeira vez. A confissão do jovem fabricante de sinos , era o soar de um vazio, mas era sobretudo a Fé de que o homem pode sempre perseguir a perfeição. O que aliás não é segredo nenhum.  

 

 

 

Ricardo Roque Martins 

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